sexta-feira, 21 de junho de 2013

A sala de aula enquanto espaço físico e social

Síntese

     Este artigo procura considerar a sala de aula enquanto espaço físico e social. Essa espacialidade possui algumas especificidades que a caracterizam como momento político e social. Contudo, a característica principal da sala de aula está na relação que ela estabelece entre os seus frequentadores. Aqui se tenta investigara relação professor/aluno pela ótica da dialética e obter as possíveis contribuições para a prática pedagógica Da sala de aula resta analisar o que lhe é essencial, isto é, o que sem o qual deixa de ser o que é. É precisamente a atividade desenvolvida em seu interior que a distingue de outros espaços. Ao Mesmo tempo, a sala de aula pode ser deslocada para lugares os mais diversos possíveis, pois sua atividade essencial extrapola limites físicos. 

   A sala de aula enquanto espaço de encontro, daí ocupado, é local de exigências e desafios, posto que é isso que resulta do estar com o outro. Nunca se está o suficiente com o outro, pois o encontro é negado em seu próprio acontecer. Isso significa que o ato de estar junto deve ser investigado segundo o que pode ser para que possa ser mais do que é. Por isso, professor e aluno necessitam estar constantemente atentos ao que são para não calcificar o próprio ser e inibir outras possibilidades.

   Trata-se de um encontro entre humanos e, talvez, precisamente devido a isso, tenham-se desencontros. Marx confessaria à sua filha Jenny que sua máxima preferida era a de que nada que é humano me é estranho indicando que se, por um lado, o humano não seja de fácil definição, por outro, envolvia uma atitude de permanente busca desse humano. Ser professor e ser aluno, estar na sala de aula, pede a apreciação pelo que aí acontece como condição que conduz ao saber sobre esse espaço.

    O trabalho apresentado abordou a importância da sala de aula como espaço de aprendizagem. Geralmente o que ocorre, quando se oportuniza situações em que o aluno pode expressar suas ideias, concepções e crenças, é encarar com perplexidade tudo que é visto, percebendo-a como uma atitude de confronto e de agressividade. Às vezes é ignorada por considerar que o aluno em questão não merece ser levado em consideração ou se assume um discurso moralista, fundamentada nos valores de uma sociedade conservadora e liberal que se supõe harmônica, e a qual responsabiliza o sujeito e a sua família por seus sucessos e fracassos ignorando os condicionamentos históricos a que está submetido, ou seja, a origem social das diferenças. Essas atitudes acabam não possibilitando a reflexão por parte do aluno e, portanto, não interfere em seus posicionamentos. 

      Por isso, professor e aluno necessitam estar constantemente atentos ao que são para não calcificar o próprio ser e inibir outras possibilidades, dando continuidade a este trabalho mostrou  que a escola ainda não consegue lidar com as situações que se apresentam de forma diferenciada dos valores por ela estagnar ao longo do tempo. Com isso o professor ao agir assim, provavelmente tinha como objetivo provocar no aluno a sua atenção e despertá-lo para a necessidade de realizar a tarefa, mas o fez calcado em sua concepção sobre a importância do conhecimento e da tradição histórica dos conteúdos escolares, valores esses construídos pela sociedade burguesa. E o aluno? Que valor ele dá ao conhecimento? Que expectativas têm em relação ao que vai aprender na escola? Será que se julga capaz de aprender?



Aluno Josival Sobrinho

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